Stonehenge fascina pela combinação única de pedras gigantes e alinhamentos precisos. Erguido entre 3.000 a.C. e 1.500 a.C., o monumento desafia nossa compreensão sobre quem o construiu e por que razão.
O que é Stonehenge e por que ele intriga?
Localizado em Salisbury Plain (Inglaterra), o conjunto é formado por duas espécies de pedra: os sarsens – blocos de arenito de até 30 t vindos de 30 km dali – e as azuis, trazidas de mais de 200 km de distância. A logística, o esforço coletivo e os possíveis conhecimentos astronômicos envolvidos continuam gerando debates.
Quais são as principais teorias?
Veja, de forma resumida, as sete hipóteses mais discutidas sobre o propósito de Stonehenge:

- Alinhamento astronômico, Templo religioso, Centro de cura, Memorial funerário, Ponto de encontro social, Símbolo político e Calendário agrícola.
Como funcionaria o alinhamento astronômico?
Os analisadores notaram que o eixo principal do monumento aponta diretamente para o nascer do Sol no solstício de verão e o pôr no solstício de inverno. Essa precisão sugere que ele servia como observatório para marcar estações do ano, fundamentais para sociedades que dependiam da agricultura.
Stonehenge como templo religioso: por quê?
As pedras azuis, consideradas sonoras e carregadas de misticismo, eram usadas em cerimônias. Restos de tochas e artefatos rituais indicam que o local recebia peregrinos em datas específicas, possivelmente para cultos ao Sol ou aos ancestrais.
Propriedades curativas: mito ou realidade?
Alguns acreditam que as características magnetorreceptivas das pedras azuis – trazidas de longe – tinham efeito terapêutico. Nas proximidades, foram encontrados restos humanos com sinais de enfermidades, sugerindo peregrinações em busca de cura.
Memorial de ancestrais: evidências arqueológicas
Escavações revelaram urnas funerárias e ossadas sob o solo de Stonehenge. Isso sustenta a ideia de que o local era consagrado aos mortos, funcionando como necrópole e local de oferendas.
Encontro social e comércio regional
As escavações mostraram fragmentos de cerâmica e ferramentas oriundas de diferentes regiões da Grã-Bretanha. Stonehenge teria sido, também, um ponto de encontro para troca de mercadorias e ideias, reforçando laços entre tribos.
Símbolo de poder político
Reunir povos para erguer monumentos de grande escala reforçava a autoridade de líderes ou xamãs. A mobilização de centenas de pessoas e recursos era demonstração de coesão e domínio territorial.
Calendário agrícola: controlando a colheita
Sem registros escritos, comunidades neolíticas criaram Stonehenge como instrumento de cálculo das melhores épocas de plantio e colheita. O conhecimento astronômico ajudava a antecipar invernos rigorosos e planejar suprimentos.
Resumo
Stonehenge continua um enigma multidimensional: observatório celeste, templo, hospital neolítico, cemitério, mercado, símbolo de elite e calendário. Cada hipótese encontra respaldo em pistas arqueológicas, mas nenhuma explica todas as facetas do monumento.
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Perguntas e Respostas
- Por que as pedras azuis são especiais?
Vindas de Preseli Hills (País de Gales), elas eram atribuídas a propriedades sonoras e espirituais. - Quem liderava as construções?
Possivelmente líderes religiosos ou chefes tribais, capazes de organizar grandes grupos. - Stonehenge ainda é estudado hoje?
Sim! Novas tecnologias de radar e datação continuam a revelar segredos do subsolo e a precisa origem das pedras. - Há monumentos similares no mundo?
Existem círculos de pedra em várias culturas, mas nenhum com o mesmo nível de precisão e mistério.
Fontes de pesquisa
- Mike Parker Pearson, Stonehenge: Making Sense of a Prehistoric Mystery
- Martin Sweatman, Stonehenge: The Story So Far
- Tim Darvill, Stonehenge: The Biography of a Landscape
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